Conselho de Autoridade Portuária do Porto de Imbituba quer boas práticas na movimentação de granéis
A última reunião do ano do Conselho de Autoridade Portuária (CAP) do Porto de Imbituba teve como principalabordagem a mobilização da Administração do Porto e dos Operadores portuários para ampliar as ações de cuidado ambiental referentes às movimentações de granéis sólidos. O objetivo a perseguir é o estabelecimento de rotinas operacionais com o cumprimento das melhores práticas no manuseio de granéis sólidos, tanto na carga e descarga dos navios como no transporte interno, recepção e expedição nos armazéns e transporte final, reduzindo ao máximo a emissão de poeiras geradas nas movimentações envolvendo esse tipo de carga,
Elas incluem, além do coque verde de petróleo (petcoke), o óxido de ferro, sal, fertilizantes, bauxita, hulha, clínquer, barrilha e grãos agrícolas, representando 80% de todas as cargas movimentadas no porto local, o que “demonstra sua importância econômica para toda a região de influência de Imbituba e a necessidade de investimentos na modernização das operações, de modo a não conturbar a vida da comunidade no entorno dos ambientes de atividade portuária”, declara o presidente do CAP, engenheiro Gilberto Barreto.
Segundo Barreto, existe a clara percepção de que não basta o cumprimento dos limites legais, é necessário ir mais além até atender o nível de conforto exigido pela população. “A cidade de Imbituba suportou a poluição gerada pela movimentação do carvão durante décadas e ainda as descargas de óxido de ferro e de dióxido de enxofre da extinta ICC (Indústria Carboquímica Catarinense), que gerava chuva ácida. A ICC fechou, o carvão acabou e a cidade sobreviveu. Agora a população não tolera, com a mais justa razão, nenhum tipo de dano ambiental ou desconforto por qualquer tipo de poluição. É mais do que tempo, portanto, de se enfrentar o problema e partir para soluções efetivas. O exemplo do petcoke está aí para ser seguido: definição das ações, investimentos, gestão operacional, cronograma de metas a serem atingidas e, principalmente, muito comprometimento”, conclui o presidente do CAP Imbituba.
Para o Administrador do Porto, Jeziel Pamato, já há diversas exigências estabelecidas para os operadores portuários, como a paralisação das operações a partir de determinada velocidade de vento, vedação das caçambas que trabalham na retirada dos granéis dos porões dos navios, colocação de lonas no costado para evitar queda de carga no mar, estanqueidade dos veículos rodoviários e limite de carga por veículo, além da limpeza dos cais e vias de circulação viária. E adiantou: “constatado que não é o suficiente, outras exigências e novos padrões deverão ser estabelecidos mas o principal é mesmo a conscientização de todos os envolvidos nas operações para a adoção de todas as cautelas e procedimentos que evitem a poluição”.
Na reunião também foram abordados outros assuntos como a movimentação de cargas no meses de novembro e dezembro. A perspectiva é de fechar o ano com 23% de crescimento nas movimentações do Porto em relação ao ano passado. Foi anunciado pelo Administrador do Porto que já está funcionando a nova Portaria 3, de acesso ao Recinto Alfandegado e solicitada a colaboração de todas as empresas instaladas no porto para o processo de recadastramento de seus funcionários, já em fase de conclusão. Também informado que a contratação da elaboração do novo Plano de Desenvolvimento e Zoneamento, à Unisul, já está na fase de assinatura dos contratos, devendo o trabalho estar concluído até junho de 2012.
Mais informações:
Emanuelle Querino Assessoria de Comunicação Companhia Docas de Imbituba Tel: |48| 3355 8900 | Cel: |48| 9616 0750
Email: emanuelle@krill.net.br
Site: www.cdiport.com.br
|