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COMPANHIA DOCAS DE IMBITUBA COMPLETA 89 ANOS 


Do carvão à modernização, Porto de Imbituba passou por diferentes fases. Hoje os preparativos para expansão apontam para o desenvolvimento de toda a região sul.

Em 3 de novembro de 1922 o empresário Henrique Lage fundava, no Rio de Janeiro, a Cia. Docas de Imbituba, três anos depois do pedido de autorização do Ministério de Viação para o início das obras do porto.  O objetivo era construir um porto que atendesse à demanda do carvão catarinense e se tornou o ponto de partida para o crescimento de Imbituba. A partir da enseada na qual foi construído um trapiche, o Porto de Imbituba nasceu como o primeiro passo da realização de um sonho de progresso, que hoje desponta para o sucesso permanente.

No início Henrique Lage usou recursos dos navios da Companhia Nacional de Navegação Costeira, herança de seu pai, e o auxílio do amigo engenheiro Álvaro Catão, investindo no Porto e na cidade, construindo casas e oferecendo infraestrutura para os trabalhadores, planejando o crescimento para que no futuro não houvesse problemas para os moradores. Neste ponto podem-se destacar a Granja Henrique Lage, a escola e a Indústria Cerâmica Imbituba (ICISA) que aproveitava a argila branca da região na produção de louças.

Em 1931 as movimentações de carvão cresceram em razão de um decreto que obrigava as empresas brasileiras a consumir 10% de carvão nacional, em relação às toneladas importadas. A infraestrutura do Porto era pequena e foi ampliada para melhorar as operações, com um cais de acostagem de aproximadamente 100m de comprimento, novos guindastes, locomotivas e empilhadeiras. O embarque mecânico do carvão suportava 300 toneladas por hora. Em 1942 o contrato de concessão foi assinado e a Companhia Docas de Imbituba passou a ter permissão para explorar o tráfego do Porto.

No início da década de 70 o Porto ainda vivia do carvão mineral. A Indústria Carboquímica Catarinense (ICC) aproveitava os rejeitos do material transformando-os em ácido fosfórico para a produção de fertilizantes. Em 1979 um cais especial de 245m foi construído em parceria com o Governo Federal, para escoar toda a produção. Na mesma época uma esteira para transportar a rocha fosfática até a ICC foi montada para evitar o transporte em caminhões.

A crise do petróleo nos anos 80 aumentou a procura pelo carvão como combustível, afinal, todo o mundo foi afetado. Neste período o Porto recusava algumas cargas por causa da grande movimentação. Durante toda a década, dois a quatro milhões de toneladas por ano foram movimentadas. O carvão vinha principalmente da Siderúrgica de Carvão em Criciúma, mas também de minas em Urussanga, Lauro Muller, Orleans e Guatá, transportadas pela Ferrovia Tereza Cristina ou pelas rodovias. Como destinos principais, Vitória (ES), Santos (SP), Rio de Janeiro e Antonina (PR). 

A crise do carvão 

Porém, em 1990, a queda na movimentação de carvão no Porto desacelerou drasticamente o crescimento. Fernando Collor, presidente da época, retirou a obrigatoriedade de consumo de carvão nacional, pela rentabilidade da importação de países como Estados Unidos e Canadá e, além disso, os subsídios oferecidos pelo governo para o segmento carbonífero foram cortados. Milhares de mineiros e portuários ficaram desempregados, empresas faliram e o carvão da região passou a ser usado apenas para gerar energia no Complexo Jorge Lacerda.

Mas o Porto não poderia parar, por isso alternativas surgiram como a operação de graneis sólidos e contêineres. Por sua localização, o Porto de Imbituba ficou mais adequado para algumas cargas do que outros portos do Rio Grande do Sul e Paraná. Porém a concorrência dos outros portos que detinham o mercado afastaram importadores e exportadores de contêineres que mudaram suas linhas, deixando o Porto em uma situação difícil mais uma vez. Nos anos seguintes as importações cresceram mais do que exportações e as cargas ficaram restritas a açúcar, frango congelado e fertilizantes.

Para resolver definitivamente a crise e retomar a ascensão, a partir de 1992 azona portuária ampliou a atividade industrial, com novos terminais privados. Estes terminais foram instalados de maneira permanente, o que facilita a obtenção de cargas e evita oscilações inesperadas nos índices de movimentação, como foi o caso da Fertisanta em 1992, da Frangosul em 1993 e da Votorantim em 2003.

Concretização dos projetos de desenvolvimento

Hoje quatro empresas privadas são arrendatárias dos cinco terminais: Fertisanta (fertilizantes), Votorantim (coque), Grupo Doux (congelados) e Santos Brasil (contêineres e carga geral). A Santos Brasil investiu cerca de R$280 milhões no Porto de Imbituba, com destaque para a ampliação do cais em 660m de comprimento e os dois portêineres, guindastes com capacidade para movimentar 65 toneladas para contêineres e 80 toneladas em operações de cargas especiais. Além disso, os equipamentos têm 57m de lança, podendo alcançar até a 21ª fileira de contêineres de grandes embarcações, e ainda podem ser vistos de vários pontos da cidade, chamando a atenção de moradores e turistas.

A dragagem para o aprofundamento do calado em 15m será mais um fator que permitirá o recebimento de navios de grande porte. Com expectativa para o início das obras em janeiro do ano que vem, toda a infraestrutura estará preparada para o desenvolvimento efetivo de Imbituba. “Em 2012, ano em que a Companhia Docas completará 90 anos de vida, Imbituba verá que o Porto não será apenas uma empresa, mas uma das principais molas propoulsoras do crescimento, geração de emprego e renda para as famílias da cidade. Mais do que isso, o Porto de Imbituba se efetivará como rota de grandes movimentações, atraindo empresários interessados em turismo de negócios, valorizando as belezas naturais de nossa cidade”, afirma Jeziel Pamato de Souza, Administrador do Porto de Imbituba.

Para Jeziel, a expansão do Porto é fundamental para o desenvolvimento de toda a região Sul de Santa Catarina. “A logística do transporte de cargas será muito facilitada com o Porto operando plenamente. O fluxo de caminhões para viagens com contêineres em longas distâncias será diminuído, descongestionando as estradas, principalmente a BR-101. Com o início do funcionamento do Aeroporto Regional Sul, em Jaguaruna, com a movimentação de cargas e principalmente pessoas, é evidente que influenciará positivamente na chegada de novas cargas e linhas para o Porto de Imbituba. A estrutura física está praticamente pronta, é apenas uma questão de tempo, agora precisamos negociar as linhas comerciais. O Porto de Imbituba é hoje consolidado como um operador de graneis sólidos e contêineres. E é neste tipo de carga em que deve estar o foco. Ainda há muito trabalho a ser feito, mas o progresso é inevitável”, acredita. 

"Desde o início, Henrique Lage já sabia do potencial que a enseada de mar aberto de Imbituba teria para o funcionamento perfeito de um Porto. Operamos com chuva, dia e noite, protegidos de ventos e ressacas. A modernização dos equipamentos e as obras de ampliação vieram para acrescentar qualidade, de modo que o exportador ou o importador perceba que o Porto de Imbituba e a cidade que cresceu ao redor dele, estão preparados para a função a que se propõem”, completa Jeziel. 

Mais informações:

Emanuelle Querino
Assessoria de Comunicação
Companhia Docas de Imbituba
Tel: |48| 3355 8900 | Cel: |48| 9616 0750
Email: emanuelle@krill.net.br

Site: www.cdiport.com.br

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