Do trapiche aos portêineres, empresa que administra o porto do Sul de Santa Catarina apresenta o empreendimento como solução logística de desenvolvimento permanente e sustentável
01/11/2012
Para uma empresa completar 90 anos de mercado é preciso muito esforço e dedicação de centenas de pessoas que oferecem, a cada dia, sua força de trabalho. Há nove décadas o empresário Henrique Lage, em 3 de novembro de 1922, fundava, no Rio de Janeiro, a Cia. Docas de Imbituba - CDI, três anos depois do pedido de autorização do Ministério de Viação para o início das obras do Porto.
Na fundação da Cia. Docas de Imbituba, Henrique Lage já sabia do potencial que a enseada de mar aberto de Imbituba teria para o funcionamento perfeito de um porto que opera com chuva, dia e noite, protegido de ventos e ressacas. A modernização dos equipamentos e as obras de ampliação vieram para acrescentar qualidade, de modo que o exportador ou o importador percebam que o Porto de Imbituba e a cidade, que cresceu ao redor dele, estão preparados para a função a que se propõem.
Através da CDI, crescimento e desenvolvimento sustentável são o que o Porto de Imbituba representa hoje, não só para o município como para todo o Sul de Santa Catarina. Para Jeziel Pamato, Administrador do Porto de Imbituba, nestes 90 anos de Docas, houve auges e crises, mas hoje a CDI apresenta o Porto ao sucesso permanente. “Olho para trás e sinto satisfação de ver onde conseguimos chegar, principalmente levando em consideração que começamos com apenas um trapiche. Os recentes investimentos públicos e privados e as projeções de crescimento, tanto do porto quanto de seu entorno, tornam nossa matriz logística uma grande aposta para o futuro. O trabalho da CDI sempre teve este foco”, afirma Jeziel.
O Administrador aponta que o resultado deste longo trabalho é o Porto estar apto a atender principalmente o escoamento de cargas dos três estados da região Sul, além de influenciar diretamente em todo o Mercosul. “Não tenho dúvidas que em breve o Porto de Imbituba se tornará um dos principais portos do Brasil e seu crescimento ajudará Imbituba e a região Sul de Santa Catarina a ocupar seu devido lugar no cenário estadual e nacional e fico feliz porque a Companhia Docas de Imbituba sempre apostou neste quadro”, pondera.
Cia. Docas de Imbituba e crescimento regional
Jeziel sugere, ainda, uma alternativa viável de investimento. “O Porto de Imbituba pode ser o indutor do crescimento das indústrias existentes e da implantação de novas indústrias no Sul. Além do Sul de Santa Catarina nós temos o planalto catarinense e o pólo industrial do Rio Grande do Sul, situado na região do entorno de Novo Hamburgo e Porto Alegre, que pode significar – como ocorreu nos anos 90 - uma área de influência significativa para o Porto de Imbituba. São mais de 100 mil contêineres que são deslocados para outros portos porque Imbituba não tinha condições de movimentar contêineres. Com a mudança desse cenário o nosso raio de influência avança consideravelmente em direção a outras fronteiras”, explica.
José Roberto Martins, Prefeito de Imbituba, considera que a Companhia docas de Imbituba, através do Porto, sempre foi uma importante propulsora da economia do município. “É repetitivo, mas, para mim, o Porto é o coração da cidade, dependemos dele para definir os parâmetros de qualidade de vida de Imbituba. Ela teve altos e baixos, mas hoje vivemos um novo momento. Não podemos deixar de reconhecer que todo mundo em Imbituba, juntamente com a CDI, sempre buscaram fazer deste Porto algo importante para a cidade, chegando a este momento de crescimento”, comenta o Prefeito.
As obras que consolidam a posição estratégica do Porto são destaque e prioridade, como a dragagem de aprofundamento do cais para 15m, obra da Secretaria de Portos, que o deixará entre os mais profundos do Brasil, a duplicação da Via Arterial Principal e a construção da BR-285 entre São José dos Ausentes e Timbé do Sul, que permitiria ao Porto alcançar as cargas do Rio Grande do Sul até a região fronteiriça da Argentina, otimizando as demandas de comércio exterior.
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